terça-feira, 30 de março de 2010

Jogos, consoles e cultura "gamer" no cinema.

Video games e cinema estão cada vez mais próximos. Filmes inspirados em jogos, e jogos baseados em filmes são algo recorrente. Como todos os elementos da cultura pop os video games já estão incorporados dentro dos filmes. Cenas como a do Xbox 360 em Transformers ou Heavenly Sword no seriado Heroes são apenas alguns exemplos de como os consoles e jogos já estão integrados ao cenário e ao dia dia dos personagens.

E quando o os filmes usam os video games como tema principal, quando a trama gira em torno de um jogo ou da cultura gamer. O Portal Games Legandarys resolveu vascular a cinemateca mundial em busca de alguns exemplos, portanto prepare a pipoca e aproveite.

O Queridinho da Vovó

(Grandma's Boy, 2006)

Alex (Allen Covert) é um dos melhores game testers do mercado, além de testar os títulos da desenvolvedora em que trabalha ele também está criando o seu próprio jogo (que segundo ele revolucionará a indústria).

Entretanto, quando Josh (Jonathan Loughran) — seu colega de apartamento — gasta todo o dinheiro do aluguel com “eufemismos de luxo” ambos são expulsos do local e Alex é obrigado a morar com sua avó Lilly (Doris Roberts) e as amigas dela, Bea (Shirley Knight) e Grace (Shirley Jones).

Em meio a piadas de mal gosto o filme mostra o dia a dia (nada convencional) da empresa em que Alex trabalha, além disso a película também mostra o jogo real Demonik — concebido por Clive Barker, mas que acabou sendo cancelado antes do lançamento —, como a criação de Alex.

Arcade

(1993)

Alex Manning é a típica adolescente em crise. Sua mãe se suicidou e o pedagogo da escola acha que ela não está respondendo bem a situação. Para animá-la um pouco seus amigos resolvem ir a uma casa de fliperamas chamada Dante's Inferno, onde encontram uma nova máquina de realidade virtual, Arcade.

O representante do jogo Arcade entrega cópias da versão caseira do jogo para Alex e seus amigos, que passam a jogar o título diariamente. Entretanto os perigos do mundo virtual parecem estar afetando os jogadores reais. Alex descobre que as pessoas que perdem o jogo ficam aprisionadas dentro do mundo virtual de Arcade, conforme o programa passa a controlar a mente dos jovens.

Ao lado de seu namorado e do criador do jogo, Alex deve entrar no mundo de Arcade para derrotar o jogo e resgatar seus amigos, impedindo que o jogo maligno faça novas vítimas. A pérola cinematográfica contam com algumas figurinhas carimbadas da televisão estadunidense, além de alguns efeitos de última geração (para 1993 é claro).

O Último Guerreiro das Estrelas

(The Last Starfighter, 1984)

Ninguém era capaz de superar Alex Rogan no jogo Starfighter, um shooter espacial que rodava em uma máquina Arcade. Depois de saber que não consegui o empréstimo estudantil (o que significa que não poderá ir para a faculdade), Alex resolve jogar mais uma partida de Starfighter, batendo o seu próprio recorde e superando a pontuação máxima da máquina.

O que Alex não sabia é que o jogo Starfighter é na verdade uma filial de recrutamento inventada por Centauri, um alienígena trambiqueiro que busca por pilotos hábeis para defender a "Fronteira” dos ataques de Xur e a Armada Ko-Dan (o mesmo conflito representado no jogo Starfighter).

O clássico da Sessão da Tarde foi um dos primeiros filmes (ao lado de Tron) a utilizar efeitos de computação gráfica (CGI), sendo que para a época os efeitos já se mostravam bem evoluídos. Os tradicionais modelos reais foram substituídos por imagens 3D renderizadas, amplamente utilizadas na representação das naves e outros objetos do cenário.

O Gênio do Vídeo Game

(The Wizard, 1989)

O filme que serviu de comercial para Super Mario Bros. 3 acompanhava a jornada de três crianças através dos Estados Unidos rumo a Califórnia para que o mais novo deles possa participar do Nintendo World Video Game Championships. O protagonista, e gênio do video game, Jimmy é uma criança reclusa que apresenta sérios problemas emocionais desde que a sua irmão morreu afogada.

Ao lado de seu meio-irmão, Jimmy inicia uma peregrinação até a Califórnia. No caminho os dois descobrem a habilidade inata de Jimmy nos video games e ficam sabendo de uma competição mundial que dará US$ 50.000 ao vencedor. Entre suas andanças a dupla encontra uma garota, Haley, que passa a acompanhá-los e o ameaçador Lucas Barton — um dos poucos jogadores que realmente mostra-se páreo para Jimmy.

Jogos de Guerra

(WarGames, 1983)

Um dos primeiros filmes de destaque de Ferris Bueller, digo Matthew Broderick, Jogos de Guerra mostra as peripécias de um jogador inveterado que não aguenta esperar pelo lançamentos dos jogos e resolve procurá-los pela insipiente “internet” da década de 1980.

O jovem David Lightman, que já manipulava os computadores da escola através de um poderoso IMSAI — com drive de disco de 8 polegadas e modem (com direito a acoplador acústico para o telefone) — acaba tropeçando na ARPANET (sem saber) e ganhando acesso ao WOPR (War Operation Plan Response), programa da defesa estadunidense que administra todo o arsenal nuclear do pais.

Acreditando que as simulações de combate listadas no programa são jogos de video game que ainda não foram lançados, Lightman começa a “jogar” com a defesa dos Estados Unidos. Assumindo o papel da URSS, o jovem inicia a simulação que não é percebida pelos militares, que compreendem a situação como um ataque real da União Soviética aos Estados Unidos.

Jogo Mortal

(Stay Alive, 2006)

Stay Alive promete ser o melhor survival horror do mundo. Inspirado na história real de Erzsébet Báthory (a condessa sangrenta), o jogo é aguardado ansiosamente pelos fãs do gênero. Enquanto isso, em Nova Orleans um grupo de jogadores consegue uma cópia ilegal do jogo (viu quem mandou piratear) e pouco a pouco todos os que jogam morrem.

O mais estranho é que as vítimas perecem da mesma forma que no jogo, fato que intriga Hutch (Jon Foster), Abigail (Samaire Armstrong), Swink (Frankie Muniz), October (Sophia Bush) e Phineas (Jimmi Simpson) que precisam descobrir o motivo antes que eles se transformem nas próximas vítimas.

The King of Kong: A Fistful of Quarters

(2007)

O Documentário mostra a saga de Steve Wiebe enquanto ele tenta bater o recorde mundial de Donkey Kong (versão Arcade) do atual campeão, Billy Mitchell. O filme mostra a dedicação dos fãs e a história de Walter Day e da Twin Galaxies — a organização oficial que registra os recordes mundiais de video games.

Apesar de focado na briga de Billy Mitchell e Steve Wiebe pelo recorde mundial de King Kong, o filme também mostra outros high scores e os jogadores que deixaram seu nome marcado na história dos video games.

eXistenZ

(1999)

A designer de jogos Allegra Geller (Jennifer Jason Leigh) está pronta para revelar sua nova aventura interativa, eXistenZ e resolve promover um “closed beta” do título. Na sessão de jogo (fechada para convidados), a designer e seu segurança, Ted Pikul (Jude Law) acabam envolvendo-se em uma perseguição intensa por um grupo de fanáticos fundamentalistas que querem matá-la — já que opõem-se a tecnologia de realidade virtual utilizada pelos jogos e a consequente desumanização dos jogadores.

Em fuga, os dois devem encarar os perigos do mundo real e do mundo virtual — haja visto que o jogo pode esconder referências sobre os perseguidores de Allegra. O jogo por sua vez utiliza “bio-consoles”, que são ligados diretamente a espinha do jogador através de uma conexão umbilical — reforçando a ideia de que o videogame faz parte do jogador e que este faz parte do jogo.

O filme é uma típica obra do diretor David Cronenberg, ou seja, uma trama envolvente, repleta de reviravoltas e muitas cenas repugnantes. Muitos comparam, erroneamente, a película com a franquia Matrix, entretanto os filmes apresentam apenas alguns temas em comum e foram lançados na mesma época, sendo que eXistenZ chegou aso cinemas alguns meses antes de Matrix.

Gamer

(2009)

No futuro o sistema carcerário mudou bastante, bem como os video games. Uma nova plataforma de jogos com ambiente online é a maior sensação entre os jovens do mundo inteiro. A cada semana, milhões de jogadores se conectam aos servidores de Slayers (nome do novo MMOFPS) para jogar com os condenados, que lutam para sobreviver como se fossem personagens virtuais em um jogo.

Kable é o melhor lutador do jogo, e é manipulado por Simon — um adolescente que comanda o prisioneiro como um simples personagem. No entanto, um grupo de rebeldes pretende acabar com esse sistema cruel, e Kable é a peça chave para a vitória contra o estabelecimento.

Tron – Uma Odisseia Eletrônica

(Tron, 1982)

Um dos primeiros e melhores filmes inspirados na indústria dos video games. Tron não apenas trouxe para as telas a cultura “gamer” que proliferava nas masmorras de Arcade da década de 1980 (antes do crash), mas também revolucionou a própria indústria cinematográfica introduzindo os efeitos visuais gerados por computador, fato que na época foi desaprovado pela Academia, que negou o Oscar de efeitos especiais por considerar que o uso de computadores era uma “trapaça”.

Para quem não conhece o clássico, o filme acompanha a saga de Kevin Flynn (Jeff Bridges) — programador da empresa ENCOM que utiliza suas horas vagas para criar jogos de video game. Ed Dillinger, outro engenheiro de software, trapaceia Flynn bloqueando o seu acesso ao servidor e roupando todas suas criações. Dillinger apresenta os programas de Flynn como se fossem seus e por conta disso é promovido.

Flynn (demitido por Dillinger) acaba relegado a uma casa de fliperamas. Desde então o programador tenta hackear o servidor da ENCOM atrás de provas que condenem a trapaça de Dillinger. Entretanto o executivo da ENCOM tomou as devidas precauções, instalando o MPC (Master Control Program), uma espécie de antivírus que protege o servidor e os arquivos pessoais de Dillinger.

Com a ajuda de velhos companheiros que ainda trabalham na empresa, Flynn ganha acesso a um terminal dentro da própria ENCOM, permitindo assim que ele libere o seu programa, Clu, que irá vasculhar o computador atrás das informações necessárias. Entretanto o MPC descobre a infiltração de Flynn e, utilizando-se de um laser experimental, transporta o programador para dentro do mundo virtual.

O flime se transformou em um ícone da cultura gamer e a sua continuação deve chegar aos cinemas em 2010, agora com efeitos de altíssima qualidade, com direito a estreia nas salas IMAX.

Menção honrosa:

  • Hackers - o filme que só é lembrando por contar com a exuberante Angelina Jolie também mostra algumas cenas de jogos, incluindo um protótipo de WipeOut e as presenças ilustres da logo do PlayStation, da Nintendo Powerglove e do Atari Virtuality SU2000.

  • Futurama – depois de Os Simpsons, Matt Groening criou Futurama, série na qual pode dar vazão a todo seu espirito nerd. Um episódio específico é dedicado quase que exclusivamente aos videogames enquanto que referencias aos jogos são feitos em quase todos os outros episódios da animação.

  • O Grande Dragão Branco – só tem uma cena, mas mostra que o Van Damme “chuta traseiros” até nos video games.

Xbox 360 Slim a caminho?

É bastante comum encontrarmos rumores sobre versões alternativas dos consoles de última geração. Depois do lançamento do modelo mais fino do console de última geração da Sony, esperava-se que a Microsoft despontasse com algo parecido baseado no Xbox 360.

Recentemente, o site GameKings publicou fotos intrigantes sobre um possível aparecimento de uma versão Slim da plataforma da Microsoft. Confira:

Fonte — GameKings

Há a chance de que, entrando em sintonia com boatos e especulações feitas em um passado recente, esse seja um exemplo mais concreto de que a ex-companhia de Bill Gates realmente procura unir a GPU (unidade de processamento gráfico) e a CPU (unidade central de processamento) em apenas um chip. Assim, teríamos uma versão mais compacta da plataforma.

Mas também existe a possibilidade de que as fotos apenas mostrem um modelo do Xbox 360 HD DVD Player. Clique aqui e saiba mais sobre esse dispositivo eletrônico.

Power Gig: Rise of the SixString

Hora de juntar notas coloridas com cordas de guitarra.

Que o gênero de games rítmicos anda terrivelmente saturado, isso realmente não deve ser novidade para ninguém. Dessa forma, caso você seja uma softhouse interessada em investir no nicho, as escolhas são bastante claras: ou você lança algo visceralmente inovador, ou tenta angariar mais alguns tostões com os padrões já um tanto cansados de pioneiros como Guitar Hero e Rock Band.

Bem, digamos que a Seven45, desenvolvedora recentemente instalada em Boston, resolveu apostar na primeira opção. Embora se baseie em um esquema de jogabilidade não muito diferente do que se vê em outros games rítmicos, Power Gig: Rise of the SixString consegue o seu diferencial pendurando uma guitarra real nos ombros dos jogadores.

Fretes, e não botões coloridos

Exatamente. Em vez das clássicas guitarras “wannabe” plásticas com botões coloridos, Power Gig entrega no pacote um instrumento absolutamente operacional tanto dentro do jogo, quanto plugado em um amplificador.

Tudo bem, é verdade que o tamanho ainda é um tanto reduzido se comparado com a maior parte das guitarras. Mas ei! Ela funciona, certo? Embora a qualidade desse funcionamento ainda não tenha sido demonstrada, vale lembrar que a Seven45 é uma extensão de outra companhia, a First Act, que produz instrumentos reais — normalmente distribuídos em grandes redes como o Wal-Mart.

Bem, mas uma vez que você esteja cansado de tentar produzir os próprios “riffs”, basta sincronizar o instrumento com o console, e tentar a sorte com um esquema bastante clássico de jogabilidade. A diferença é que, em vez de botões, o padrão de cores aqui vem nas casas da guitarra — uma área para solos, outra para bases, tal qual o periféricos mais recentes da concorrência.

Guitarras reais para acordes reaisEmbora a jogabilidade básica não traga grandes inovações, Power Gig traz outra inovação juntamente com a sua diminuta guitarra. Trata-se do “modo acordes” (chording mode, no original em inglês). Aqui, as notas não vêm apenas com cores, mas também numeradas. A ideia é produzir acordes reais em vez de simples combinações de cores.

Segundo a Seven45, a ideia é ensinar guitarra de forma discreta, já que o público alvo da softhouse aborda qualquer coisa entre profissionais, músicos de final de semana e pessoas que jamais chegaram perto de uma guitarra na vida. Mas, caso cordas reais não sejam mesmo a sua praia, Power Gig ainda deve oferecer suporte a qualquer guitarra de botões coloridos encontrada no mercado.

Um novo universo

Essa foi a forma como a desenvolvedora se referiu ao que espera os jogadores no modo carreira de Power Gig. Um universo inteiramente novo, com políticas, mitologia, leis, herói e vilões próprios. Embora ainda careça de maiores detalhes, a história aqui deve tratar, entre outras coisas, do “poder transformador do rock n’ roll”, em um lugar onde “tudo é controlado por música”.

Nem só de guitarra sobrevive o rock n’ roll...

Conforme o próprio Chuck Berry poderia dizer, o bom e velho rock n’ roll não poderia ser feito apenas com uma guitarra. E a Seven45 sabe disso, é claro. A empresa afirma que o jogo também contará com uma bateria em modelo igualmente inovador. Para maiores detalhes, aguarde a edição deste ano da badalada Electronic Entertainment Expo.

Aliás, será na feira que a empresa divulgará também a lista completa de músicas que deve acompanhar Power Gig. Até o momento, muito pouca coisa foi mostrado — embora “She’s a Genius” (Jets) e Kryptonite (Three Doors Down) tenham sido confirmadas. A versão acabada do jogo deve incluir apenas “master tracks” — versões originais das músicas.

Guitarra real deve aproximar os artistas do gênero rítmico,  afirma desenvolvedora

A Seven45 espera ainda que o formato inovador do título sirva como atrativo a artistas que anteriormente passavam longe de games — por acreditaram que estes tinham pouco ou quase nada a ver com instrumentos reais. Se isso vai mesmo ocorrer? O negócio é esperar pelo fim do ano.

Power Gig: Rise of the SixString tem lançamento previsto para a primavera deste ano. Aguarde novidades. See ya!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Confira a abertura de No More Heroes: Heroes Paradise

Aos que aguardam ansiosamente a estreia do herói mais cool dos últimos tempos, Travis Touchdown, nos consoles HD, eis mais um detalhe para aumentar seu hype.

Foi divulgada a apresentação de No More Heroes: Heros Paradise e, pasmem, ela é identica à de Wii, apenas com a reformulação na qualidade gráfica. Os mais atentos irão notar algumas diferenças obvias, como a alteração dos efeitos de sombra, textura e, principalmente, o visual das batalhas, reconstruídas com cores mais impactantes.

Estamos aqui na torcida para que Suda 51 enfim consiga o sucesso comercial que merece, afinal, público disponível não é o problema em pauta desta vez.

Compare os dois vídeos abaixo e tire suas próprias conclusões quanto às alterações antes do lançamento do título, que está programado para o dia 15 de abril para Xbox 360 e PS3 no Japão.

Versão do Wii:

Versão de 360 e PS3:



A linearidade nas histórias dos games.

Parabéns. Você, jogador, é um dos poucos privilegiados que tem a chance de conferir uma história interativa. Livros, peças de teatro e filmes ainda sofrem para conceber algo que os games já fazem há um bom tempo: uma trama não linear. Escolhas que mudam totalmente o ramo de sua jornada são um privilégio exclusivo dos video games.

Mas, até que ponto está flexibilidade é atraente? Sem dúvidas, os games devem explorar este recurso ao máximo, pois a proposta dos consoles é exatamente esta: interatividade. Heavy Rain talvez seja uma das maiores provas da incrível capacidade em contar histórias nos games. É claro que também temos o outro lado da moeda.

Uncharted 2: Among Thieves, outro game para PlayStation 3, não possui uma trama linear. Mesmo assim, temos um excelente game com alto nível de interatividade. E, além disso, a trama da segunda aventura de Nathan Drake é uma das mais cinematográficas da história dos games.

E então, o que é melhor: uma história linear ou uma história aberta? É claro que essa é uma pergunta que não deve ser respondida. Vamos ser gentis, ajudando você conhecer um pouco mais sobre estes dois lados da indústria. Não sei se você percebeu, mas quem decide qual é a sua resposta é você — tipicamente video games, não é mesmo?

O início de tudo

Seus jogos, suas histórias

Bem, como você deve saber no início da vida do entretenimento eletrônico as tramas eram praticamente inexistentes. Há quem diga que jogos como Pac Man e Asteroids contavam sim com uma história. Na época, muitos acreditavam que o personagem amarelo de Pac Man era na realidade um astronauta, que tinha de ingerir várias pílulas que o tornavam mais forte, capaz de derrotar os fantasmas que ocupavam o espaço.

Já Asteroids é mais direto. Basicamente, o jogador encarnava um piloto de espaçonave que tinha um simples objetivo: sobreviver em meio a uma tempestade de meteoritos. Também temos diversos outros exemplos, como River Raid, do Atari 2600, em que você pilotava um avião — que, constantemente, voava com o combustível na reserva — e desviava dos perigos locais.

É óbvio que muito disto não condiz com a realidade. Nessa época, os limites técnicos impediam que as desenvolvedoras criassem tramas elaboradas, pois a ausência de textos e uma de uma representação visual adequada dificultava, e muito, a situação. Mas, querendo ou não, os jogadores já concebiam suas próprias histórias sobre alguns games.

Quanta  imaginação

Parece bizarrice, porém, logo no início da vida dos games, nós já contávamos com uma série de histórias em aberto, algo que também é comumente utilizado nos cinemas — principalmente em filmes alternativos. Então, Baixaki Jogos, você está dizendo que aquele joguinho de naves contava com uma trama? Depende da sua imaginação.

E Zelda? Aí já temos um dos exemplos mais concretos de uma trama sólida nos games. Na época em que o Nintendinho 8-bits surgia no mercado, começavam a aparecer, também, os jogos com mais contexto. Games em que o objetivo era apenas atingir o maior número de pontos possível começavam a se tornar escassos.

Quem substituía os famosos títulos arcades eram games como Super Mario Bros., Metroid e Mega Man, que já contavam com um pano de fundo relativamente elaborado. Nessa mesma época, final dos anos 1980, surgiam jogos com tramas ainda mais elaboradas — uma espécie de embrião das histórias abertas — como Sid Meyer’s Pirates.

O foco na trama acabou sendo inevitável. Finalmente, muitos desenvolvedores tinham a capacidade técnica para elaborar games centrados em suas histórias. Um dos primeiros é Maniac Mansion, que também é famoso por ser o estopim do gênero survival horror. No game, o jogador tinha de explorar e resolver vários mistérios que assombravam uma terrível mansão.

Mesmo com gráficos bidimensionais e ainda relativamente precários, se compararmos às maravilhas atuais, o universo do entretenimento eletrônico começava a demonstrar seu lado cinematográfico, algo que seria arrematado nas próximas gerações. Agora, vamos dar um pequeno salto na história dos games, migrando para a era tridimensional.

A história desse jogo veio de um livro?

Ou jogo foi transformado em livro?

Um pouco antes dos games se tornarem verdadeiros shows poligonais, algumas mentes criativas já lançavam jogos totalmente voltados para a história. Ao mencionar “games e história” não há como não comentar dos lendários RPGs, principalmente da série Final Fantasy. A Square Soft e a Enix, na época ainda separadas, foram as pioneiras na criação de games em que o jogador assumia o papel de um herói e percorria uma incrível jornada.

Vamos citar Chrono Trigger como exemplo, game que Xacumpaum está jogando em seu Nintendo DS. É impressionante notar como a Square Soft conseguiu criar uma jornada tão cheia de reviravoltas e possibilidades. Certamente, o título pode facilmente ser comparado com os jogos de RPG da atual geração, estruturalmente, é claro. Temos, em Chrono Trigger, uma trama totalmente cativante, que funciona como o motor principal do game.

Com a chegada da era tridimensional, os desenvolvedores começavam a explorar outro recurso narrativo que é indispensável para os cinemas: a fotografia. No PlayStation, por exemplo, diversos títulos apresentavam as famosas CGs, que muitas vezes traziam cenas espetaculares que ajudavam a contextualizar os games.

Resident Evil, Silent Hill e Final Fantasy VII são apenas alguns dos games que utilizavam com destreza este recurso. Nessa época, era possível afirmar que os jogos finalmente contavam com diretores. Basta observar, por exemplo, o primeiro encontro com um zumbi em Resident Evil, na qual uma cutscene mostra a criatura virando o rosto para a câmera em uma cena que se tornou icônica. Na realidade, esta cena é uma citação a filme — você sabe qual é? Comente!

Silent Hill trazia este recurso para dentro dos games. Em alguns momentos, o jogador era presenteado com câmeras fixas posicionadas em ângulos curiosos, exaltando ainda mais a atmosfera proposta pelo game. Um belo trabalho do diretor.

Por último, mas não menos importante, Final Fantasy VII. O primeiro game da série a estrelar em três dimensões ficou marcado para sempre na história do entretenimento eletrônico. Além de ser um excelente game, com vários aspectos inovadores e pioneiro na elaboração de belas CGs — que se tornariam marca registrada da franquia —, FFVII também narrou a morte de uma personagem de modo nunca visto antes.

Sem dúvidas, tudo isto contribuiu ainda mais para a trama do game. Ficou muito mais fácil e prático ilustrar o que os desenvolvedores queriam contar, graças à inserção de diversos recursos oriundos do cinema — um dos grandes contadores de histórias de nossa existência.

Escolhas ou guias

Qual é a sua?

Atualmente, vivemos em uma situação complicada. Temos praticamente tudo em nossas mãos, no sentido de variedade de jogos, e isso certamente torna nossas escolhas mais difíceis e mais seletas. Os video games já alcançaram um poder de narrativa sem precedentes, gerando games com tramas de diversas estruturas e estilos diferentes.

Além disso, há outro fator que também é extremamente importante para esta geração: a jogabilidade. Grand Theft Auto é um dos maiores e mais revolucionários exemplos neste quesito. Um dos pioneiros do estilo “mundo aberto”, a série GTA elevou os padrões a outro patamar, que logo também foi adotado por diversos outros desenvolvedores. Alguns jogadores consideram esta possibilidade de explorar livremente o mundo virtual algo obrigatório para os games.

Mais  cinematográfico que isto?

Com isso, o modo de escrever para jogos sofreu algumas transformações. Era impossível criar uma história totalmente linear para um mundo aberto, em que o jogador, supostamente, faria qualquer coisa. Caso contrário, muitas das ações se tornariam limitadas, afetando a jogabilidade.

O advento das fórmulas e do modo de jogar certamente contribuiu para a evolução dos roteiros para os games. Logo, essa maneira de jogar livremente acabou gerando um mundo de escolhas. Mass Effect, título desta geração, é um dos grandes exemplos disto. As inovações na jogabilidade acabaram influenciando diretamente na trama dos games.

A partir do momento em que o jogador conta com vários finais diferentes ele testemunha uma história aberta. Pegando exemplos mais clássicos, temos o já mencionado Silent Hill que trazia finais diferentes conforme algumas ações do jogador. É claro que as mudanças foram se tornando cada vez mais explícitas e radicais, tudo para tentar fazer com que o jogador realmente se sinta na pele do personagem.

Tudo começa com a personalização do protagonista. Você dá um nome, ajusta os atributos e faz parecer com quem você quiser. A partir daí, o comandante Shepard, de Mass Effect, já não é mais apenas um personagem. Há uma forte ligação com o jogador, e isto cria uma experiência completamente diferente, que se molda de acordo com as atitudes tomadas pelo jogador.

Suas escolhas, seu destino

Fable é outro exemplo clássico das escolhas. A trama do game também é influenciada pelas suas ações, e, no final, você pode terminar como uma pessoa temida ou um herói idolatrado pelos cidadãos de Albion. Em Fallout 3, algo semelhante acontece, demonstrando a força que esta estrutura de roteiro possui.

Mas, até quando guiar o game é algo interessante? Sem dúvidas, os jogos com histórias flexíveis são atraentes, contudo, será que um jogador jogará o game novamente só para conferir outra pequena brecha da história? Quem fechou Heavy Rain, por exemplo, jogará o game outras 10 vezes para conferir as demais possibilidades?

Temos os pontos positivos e negativos de uma trama aberta, mas também devemos comentar dos games com histórias lineares. Vamos para Uncharted 2 e Gears of War. Ambas as aventuras possuem um ritmo tipicamente hollywoodiano, com explosões, tiroteios e uma história bacana. Entretanto, o jogador age, perante a trama, passivamente, sem alterar significativamente o desenvolvimento do roteiro. E isto é ruim? Claro que não.

Não há como negar que a interatividade com o roteiro é algo bacana, entretanto ser guiado por uma história de cair o queixo também é divertido. Algumas desenvolvedoras optam pela destes dois estilos de narração, criando uma espécie de trama híbrida. Basicamente, o jogador terá de fazer algumas escolhas, mas, o bruto da trama, jamais é alterado.

Ficou devendo

É óbvio que o problema que mais assusta os jogadores não está relacionado diretamente à trama, mas sim aos elementos de jogabilidade. Final Fantasy XIII, por exemplo, recebeu várias críticas por sua jogabilidade totalmente linear, algo que é quase contraditório para a franquia — sempre houve um estímulo à exploração.

Mesmo numa época dominada por gráficos e jogabilidade, não podemos negar a importância de um bom roteiro — seja linear ou aberto. Cada vez mais, o jogos conseguem cativar os jogadores por suas tramas impressionantes, como é o caso de Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots, por exemplo.

Esta aventura de Old Snake é um dos exemplos mais interessantes quando o assunto é trama. Mesmo trazendo um mundo cheio de possibilidades, Hideo Kojima, criador da série, consegue elaborar uma trama tão impressionante quanto à de qualquer filme, livro ou peça de teatro. Tudo isto sem deixar de lado a interação.

Seja uma história que se molda de acordo com o jogador ou uma trama elaborada cautelosamente por mentes geniais, uma coisa é certa: nós gamers somos privilegiados.

O caos está entre nós: estamos analisando God of War III.

Finalmente, a ansiedade está com os dias contados. Games Legendarys já está com as mãos em um dos jogos mais esperados desta geração: God of War III. E, o melhor de tudo: em breve você confere a nossa análise do game. O processo já começou, e podemos adiantar que Kratos está mais feroz do que nunca.

Mas, como sabemos que temos muitos fãs do Fantasma Espartano que aguardam ansiosamente pelo veredicto do game, decidimos apresentar uma proposta diferente. Você, também vai participar desta análise. “Mas, como assim?”, você deve estar se perguntando.

Na realidade, esta será uma tarefa muito mais fácil que você pensa. Então, vamos lá:

O que você gostaria de saber sobre God of War III?

O número de combos está maior? O jogo está mais intenso que God of War II? Quantas armas temos em nosso arsenal? Os gráficos são os melhores desta geração? O jogo é longo? Não tenha medo de perguntar!


Kratos está aqui do  lado

Kratos com enchimentos?

Primeiramente, uma reclamação da Ubisoft. Segundo a companhia, um dos seus principais games, Prince of Persia, vem perdendo muito público para a aventura de Kratos. O diretor de animação dos games comentou que, no passado, as pessoas jogavam Prince of Persia, e agora todos querem saber apenas de God of War. Um dos motivos, segundo o próprio membro da companhia, são as animações do game, principalmente as que envolvem a morte, como as finalizações. Mas, além disso, a dificuldade também atrapalha, conforme menciona o artista. Tudo isso deve mudar com o relançamento da franquia.

Já Tyrone Rodriguez, desenvolvedor de Cave Story, game casual para Wii, disse que God of War III é um dos exemplos da situação dos jogos com altos custos de produção. Segundo Rodriguez, God of War III conta com pouca jogabilidade e muito “enchimento”. E você, acredita também que a última aventura de Kratos tem mais enfeites do que jogabilidade?



segunda-feira, 22 de março de 2010

Crianças que jogam video games não aprendem tanto quanto os que não jogam.

A Universidade de Denison, dos Estados Unidos, realizou um estudo que apontou como os video games podem prejudicar a capacidade de fixação do ensino em crianças. A pesquisa revelou que após os garotos ganharem o primeiro video game a sua capacidade de progressão escolar é menor do que as de garotos que não possuem nenhuma plataforma de jogo.

Além disso, o estudo também apontou que as habilidades de leitura e escrita dos jovens não sofreu nenhuma melhora ao longo do tempo (contrariando outros estudos).

O coautor do estudo, Robert Weis, falou sobre as descobertas: “Para crianças sem jogo, os resultados encontram-se em uma ascendente. Para os que possuem videogames, não há nenhuma mudanças significativa. Você não observa nenhum avanço nas habilidades de leitura e escrita.”

A pesquisa também concluiu que os garotos jogam uma média de 40 minutos por dia. O vice presidente sênior da Entertainment Software Association (ESA), Richard Taylor, retrucou dizendo: “Alguém realmente fica surpreso de saber que crianças brinca mais com um videogame novo do que com um brinquedo ou uma bicicleta velha?”

Taylor aponta que os autores da pesquisa não levaram em consideração a consequente perda de interesse no produto após os quatro primeiros meses. Weis (um dos pesquisadores) reconheceu a falta de uma pesquisa mais extensa, que incorporasse os efeitos da “posse prolongada”.

A pesquisa foi publicada na semana passada no jornal da Associação para Ciência Psicológica, Psychological Science, que recrutou famílias com filhos de 6 a 9 anos de idade. As garotas foram deixadas de fora do estudo pois os pesquisadores temiam que elas não jogariam o suficiente para produzir “resultados significantes”.


A ciência não para e cada vez mais estudos abordam facetas não tão exploradas da natureza emocional e fisiológico humana. É excelente saber que os videogames já são uma “figurinha carimbada” nos laboratórios do mundo inteiro, estudos sobre o impacto dos jogos na sociedade, sobre sua influência na saúde e assim por diante podem promover grandes avanços científicos.

Algumas pesquisas já comprovaram que atividades de recreação com jogos de realidade virtual ajudam na recuperação de sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC). Enquanto que outros jogos — especialmente os de ação e em primeira pessoa (os bons e velhos FPS, como Halo, Gears of War e Doom) —, ajudam a desenvolver a visão.

A pergunta que não quer calar é seguinte, mesmo que comprovem de forma irrefutável que os video game derrete seu cérebro do jogador, alguém realmente pararia de jogar, as empresas não fabricariam mais plataformas, mais jogos. Bem o cigarro mata, o trânsito brasileiro faz mais vítimas do que muita guerra, o álcool vicia...

Brink

RPG ou FPS? Que tal um pouco de cada?

Então você acha que os jogos atuais são demasiadamente estereotipados? Quer dizer, algo do tipo: evolução de personagens significa RPG, “headshots” significam RTS, necessidade tática indica um RTS? Então talvez seja uma boa ideia conferir o trabalho que a desenvolvedora Bethesda Softworks tem feito com o seu vindouro Brink. Para quem não sabe, trata-se da mesma softhouse que colocou no mercado Fallout 3 — o que explica muita coisa, realmente.

A ideia da Bethesda para Brink é bastante clara: criar um experiência complexa, um “mix” de estilos e jogabilidades, a fim de criar algo variado e rico. Afinal, a vida não se divide em apenas tiros, socos ou estratégias, certo? Bem, pelo menos é isso o que pensa o diretor criativo da empresa, Richard Ham, que em entrevista recente ao site Gamespot.com surgiu com mais detalhes sobre o que, exatamente, se pode esperar de Brink.

Entre os principais detalhes, o representante da Bethesda falou da possibilidade de se levar o jogo tanto online quanto offline, sem que absolutamente nada seja alterado. Mas essa não é a única característica singular do título. Afinal, quem — excetuando-se os criadores de Final Fantasy, talvez — teria pensado em uma superestrutura ecologicamente correta pairando sobre a Terra?

Ok, então o Algore tinha  razão...

Um paraíso ecológico dilapidado

A excentricidade do conceito de Brink começa já na história do título, absolutamente ressonante com as preocupações atualmente em voga. No centro de tudo, está o “Ark”, um paraíso ecologicamente correto, construído entre 2005 e 2015. Trata-se de uma estrutura totalmente livre de emissões de carbono que flutua confortavelmente sobre um planeta Terra absolutamente comprometido com percalços ambientais.

Inicialmente, a estrutura experimental era o lar de apenas cinco mil seres humanos sortudos. Entretanto, com o passar dos anos, a Humanidade descobriu que o controverso Algor podia mesmo ser tomado como oráculo: a temperatura no planeta de fato subiu, e (quem diria?) as calotas polares derreteram consideravelmente, diminuindo consideravelmente a porção de terra habitável.

Bem, e para onde exatamente vai parte desse excedente da Terra? Exatamente, para o Ark, que agora não comporta mais cinco mil, mas cinquenta mil pessoas, todas abarrotadas em um paraíso ecológico que certamente já teve dias melhores. Com um cenário assim, não é de se admirar que tenha surgido uma guerra civil. Uma guerra civil que dividiu a moradia improvisada em duas facções distintas — pois é, nem sempre se consegue escapar do clichê.

Aqui quem dita as regras é você

Muito tem se falado atualmente sobre a necessidade de tornar os games mais acessíveis, de forma que tanto o jogador hardcore quanto o novato possam extrair algum divertimento. Bem, Brink leva isso tão a sério que sequer vai obrigá-lo a seguir uma estrutura de missões rígida. A bem da verdade, você sequer será cooptado para um dos lados da guerra, podendo sempre escolher qual ideologia escolher!

A ideia central dos desenvolvedores é, mais ou menos, a seguinte: termine o jogo defendendo um dos lados, para, em seguida, fazer a mesma coisa do outro lado — assim você acaba com uma visão muito mais precisa do cenário político. Entretanto, o jogo é muito mais permissivo que isso. A qualquer momento, você tanto poderá trocar de lado, quando abandonar a missão por outra mais interessante, ou mesmo trocar de classe. Enfim, em Brink, quem manda é você.

Não gostou? Reclame com o SMART

Esse terreno me parece um tanto  inóspito... SMART!!!Reforçando ainda mais a ideia de que “o jogador faz as regras em Brink”, a Bethesda resolveu ainda acrescentar um sistema tão controverso quanto foi o “replay” em GRiD. Trata-se de SMART, também conhecido como “não quero passar essa parte, faça por mim!”. Basicamente, sempre que um trecho relacionada à ação em plataforma irritá-lo, você pode pedir ajuda ao SMART, que atravessará automaticamente o local. Prático, não?

Outra facilidade incluída por Brink é a “objective wheel” (roda de objetivos, na tradução literal). Em suma, é a sua consciência aqui: “execute a missão de tal jeito”, “coloque mais médicos na sua equipe”, etc. Assim como o seu bom amigo SMART, trata-se de um recurso opcional.

Um brutamontes lento ou um fracote ágil

Outro ponto em que a Bethesda foca na diversidade/variedade é os modos de personalização de Brink. Aliás, é bom dar alguma atenção para o processo criativo, porque o mesmo personagem poderá ser utilizado em ambas as campanhas do jogo — uma para cada lado na guerra civil, conforme colocado em tópico anterior.

A ideia aqui é bastante óbvia: crie um brutamontes, e ele será forte (é claro), resistente, poderá carregar armas de grande porte, mas será terrivelmente lento. Na outra ponta do espectro, um sujeito franzino será ágil, facilmente passará despercebido, mas terá baixa resistência, e provavelmente jamais vai utilizar as armas de maior calibre no jogo.

Mas, é claro, sempre existe o bom e velho “meio termo”, o personagem que faz decentemente qualquer coisa no jogo, o que é sempre uma boa escolha. Até por que, conforme você ganha níveis, sempre será possível investir nas características do seu alterego. No mais, independentemente da classe escolhida, até mesmo os pontos de experiência são divididos — sem dúvida uma ótima característica.

Lar doce lar

Existe ainda em Brink uma estrutura de apoio conhecida como posto de comando. Trata-se da sua base no jogo; um porto seguro onde todos os membro da sua equipe podem compartilhar armas e recursos.

Eu ainda acho que Final Fantasy  começa lá...Mas, além da facilidade logística, os postos de comando também tem serventia estratégica, já que sempre será possível conquistar novos postos através do campo de batalha. Além disso, caso a equipe conte com um engenheiro, o seu posto ainda pode ganhar “upgrades”, ou ainda um “firewall”, caso entre os membros exista também um operário.

Enfim, se você anda um tanto cansado de rótulos e desafios bem definidos, talvez Brink seja o seu título. Pelo menos a variedade do modo multiplayer, as possibilidades de personalização e as possibilidades táticas indicam isso.

No mais, fique ligado em novidades aqui no Games Legendarys. Brink tem lançamento previsto para o terceiro trimestre deste ano. See ya!

Lançamentos da Semana.

Se você ainda tem algum dinheiro sobrando (depois de tantos lançamentos de peso em sequência) talvez ainda se interesse pelas novidades que chegam esta semana. Além do lançamento oficial da Xbox LIVE Game Room, esta semana também traz as motos envenenadas de Moto GP 09/10, a ação vertiginosa de Just Cause 2, os duelos intensos de Red Steel 2 e muito mais.

Além destes também merecem destaque o novo Settlers (exclusivo para computadores), Bakugan: Battle Trainer (inspirado no popular animê/mangá) e Shin Megami Tensei: Strange Journey, para o Nintendo DS.

Confira a lista completa dos jogos que chegam às prateleiras nos próximos dias, lembrando que VC significa Virtual Console, XBLA expressa Xbox LIVE Arcade, XBO são os Xbox Originals, XBLM é Xbox LIVE Marketplace, GoD são os Games on Demand, DSi refere-se a DSi Shop, PSN aponta para a PlayStation Network, DEMO são versões demonstrativas, Mini são os PSP Minis, WN é a Wii Network e WW é WiiWare:

Computadores

Xbox 360

PlayStation 3

Nintendo DS

Nintendo Wii

Comprei meu PlayStation 3. E agora, Games Legendarys?

Finalmente, chegou o grande dia. A mais bela embalagem — pelo menos para você — já está em seu quarto, e você já não pode mais esperar para abri-la. Depois de tanto suor, tantas mesadas economizadas e tanto trabalho duro, ele está em sua casa. O PlayStation 3 é seu.

Esta belíssima e tão ansiada máquina finalmente está em suas mãos. Mas, e agora, o que fazer? São tantos recursos e tantos jogos que, facilmente, você ficará perdido. Blu-ray, PSN, HDTV, DLC, adhoc, Wi-Fi, Home e muitos outros termos agora fazem parte de sua vida. Pois é. Provavelmente você nem sabe o que cada um deles significa.

Felizmente, o Baixaki Jogos decidiu dar uma ajudinha àqueles que acabaram de adquirir o Cavaleiro Negro da Sony. Sim, separamos algumas dicas sobre as principais funcionalidades, explicamos o que são alguns termos e, de quebra, elaboramos uma lista com jogos imperdíveis e as novidades mais quentes. Ou você prefere ler todo aquele manual de instruções?


Mantenha a calma

O que fazer antes de sair da loja

OK, então você comprou seu PlayStation 3 e, rapidamente, correu para a sua casa, certo? Errado. Nós sabemos que a vontade é grande, mas existem algumas dicas importantes que podem deixar sua experiência ainda mais bacana. Portanto, deixe a caixa no balcão da loja — ou em algum local totalmente seguro — e parta para a segunda parte das compras.

Talvez uma das dicas mais importantes seja útil apenas para quem possui uma TV de alta-definição. Infelizmente, os modelos mais recentes do PlayStation 3 não incluem um cabo de vídeo componente, o qual pode fornecer imagens de alta definição (até 1080i). Além disso, o HDMI, que transmite áudio e imagens em até 1080p de maneira digital também não está incluído no pacote. Então, basicamente, se você tem uma televisão de LCD, Plasma, LED ou qualquer outra que suporte ao menos vídeo componente, você terá de comprar um dos dois cabos.

Ou seja, mais alguns trocados que, certamente, valerão a pena. Quem tem um televisor convencional não terá problemas na imagem se utilizar o cabo que acompanha o console — o famoso áudio e vídeo. Mas, para aproveitar ao máximo seu console indicamos mesmo uma televisão de alta-definição, pois a diferença é simplesmente absurda. Quem sabe você não convence seu pai a comprar uma também?

Usuários que contam com um sistema de áudio com 5.1 canais também deverão adquirir outro cabo, o de áudio digital. Com isso, a imersão fica muito maior e sua experiência também será ainda mais satisfatória. Este cabo, ao contrário do HDMI ou vídeo componente, não deve passar de R$ 60,00.

Snake só fica bonito assim em alta-definição

Agora, outra dica importante para quem quer compartilhar sua diversão com os amigos: a aquisição de um segundo controle. Resident Evil 5, Resistance: Fall of Man e LittleBigPlanet são apenas alguns dos jogos do PS3 que contam com modos para multiplayer local. Sendo assim, nada melhor que um novo Dual Shock para mostrar o seu melhor amigo como você é um cara bacana — ele ficará feliz, tenha certeza disso.

Mas, o que é um PlayStation 3 sem jogos, não é mesmo? Bem, depois de tantas compras, provavelmente a grana estará curta neste momento — ainda mais se você levar a HDTV. Felizmente, existem alguns jogos excelentes que podem ser adquiridos por um preço não tão assustador.

O primeiro deles, e talvez mais indicado, é Metal Gear Solid: Guns of the Patriots. Muitas lojas vendem o jogo por menos de R$ 99,00. Ou seja, uma oferta imperdível para quem deseja conhecer um dos melhores jogos de todos os tempos. Além disso, LittleBigPlanet e Killzone 2 normalmente também saem por preços bacanas. Com isso, você já conta com alguns exclusivos de peso do console e tem muito para desfrutar quando chegar em casa.

Cabos? Beleza. Controle extra? Está na mão. Jogos? Lendo os manuais e babando. Então já pode ir para casa. Mas ainda tem mais.

"It Only Does Everything"

Uma máquina e tanto

O slogan escolhido pela Sony realmente faz sentido: “It Only Does Everything” (Só Faz Tudo, em uma tradução livre para o português). Afinal, o PlayStation 3 é um tocador de Blu-ray, navega na internet, roda jogos de PlayStation 1, não cobra nada pelas partidas multiplayer e ainda é um excelente video game. Essas, obviamente, são apenas algumas das funções do console. Vamos ver algumas das mais importantes para quem acaba de adquirir um console.

Primeiramente, você deve criar um usuário e cadastrar-se na PlayStation Network (PSN) para aproveitar as novidades online. Depois de efetuar o cadastro, o que não deve levar mais de 10 minutos, você terá muito a fazer. A PSN oferece demonstrações, papéis de parede, temas, vídeos, jogos para PlayStation e muito, mas muito mais. Corra logo e aproveite algumas demos quentes como God of War III.

Beleza, cadastro feito e PSN funcionando. Com a internet ativada, você também pode aproveitar uma das exclusividades do console: o PlayStation Home. Trata-se de um espaço virtual em que as pessoas podem se socializar de várias maneiras. É possível conversar via texto ou voz, participar de eventos e ainda jogar alguns games gratuitamente. Obviamente, seu personagem pode ser a sua cara, graças ao robusto sistema de customização deste recurso. Uma boa dica para quem gosta de passatempos.

Lembra-se quando falamos que um cabo HDMI ou componente era essencial para quem possui TVs de alta-definição? Agora vem a prova: o Blu-ray. Assim que tiver uma chance, compre ou ao menos alugue um filme neste formato — se possível, comece a substituir seus DVDs. A diferença de imagem em relação ao DVD é absurda e esse pode ser o maior motivo para seu pai não se arrepender de ter comprado um PlayStation 3 para você. Cinéfilos e fãs enlouquecidos terão um verdadeiro show em seus lares. Viu como aqueles “trocados” valeram a pena?

A XMB será sua segunda casaAlém disso, o PlayStation 3 pode ser um verdadeiro centro de mídia. É possível compartilhar dados como vídeos, imagens e músicas de seu computador diretamente para seu PS3. Ou seja, suas músicas preferidas e aquelas imagens do aniversário de sua mãe poderão ser executadas diretamente em seu console. Tudo isso com uma simples configuração no Windows Media Player ou outro programa que permite compartilhamento de dados de seu PC. Agora sua mãe também tem motivos para não se arrepender de ter deixado seu pai fazer esta “loucura”.

E ainda tem mais. Se seu irmão estiver usando seu computador e você estiver doido para acessar o Baixaki Jogos, ligue o PlayStation 3. Não, não estamos tentando consolá-lo com jogos de qualidade. O Cavaleiro Negro da Sony também possui um excelente navegador de internet, que permite a você acessar qualquer site da web. Até mesmo serviços famosos como YouTube, Twitter e Facebook podem ser conferidos diretamente do console. Para melhorar a navegação, você pode conectar um teclado e um mouse nas portas USBs do PS3. Agora seu irmão está com inveja, pode ter certeza.

Por último, temos a união de dois gigantes. Quem conta com um portátil da Sony terá mais motivos para se alegrar com a aquisição do PlayStation 3. Isso porque alguns jogos suportam conexão direta com o PlayStation Portable, permitindo que games do portátil sejam exibidos na telona e vice-versa.

Estas são apenas algumas das funcionalidades do console. Infelizmente, algumas delas, como a VidZone — que transmite clipes musicais gratuitamente — não estão disponíveis em nosso país. Mesmo assim, pode ter certeza que você terá muito que aproveitar quando estiver sem jogos.

Declarando falência

A pior parte

A família toda está feliz. Seu pai finalmente está relembrando os tempos da brilhantina em alta-definição, enquanto sua mãe segura o Dual Shock 3 de ponta-cabeça e mostra suas fotos para as amigas. Bem, seu irmão está com um pouco de inveja, mas você comprou um segundo controle, lembra?

”Então, Baixaki Jogos, qual é a pior parte de comprar um PS3?”, você deve estar se perguntando. A resposta está na ponta dos dedos: os jogos. É, isso mesmo.

Calma, não se assuste. O maior problema é que você provavelmente irá à falência ou terá grandes chances de acabar com a harmonia da família. Por quê? Bem, são tantos jogos de qualidade que você nem saberá por onde começar. Por isso, o Baixaki Jogos elaborou uma breve lista com 10 grandes títulos do PlayStation 3. Diga adeus ao seu dinheiro e dê boas vindas à diversão!

Demon's Souls

Este fantástico RPG exclusivo renderá, pelo menos, umas 60 horas de jogo (eu, Xacumpaum, já estou com mais de 100 horas). Não é um jogo para qualquer um, mas, certamente, os jogadores hardcores gostarão da pegada. Uma atmosfera obscura, sistema de combates fluido e um sistema online revolucionário são apenas alguns dos motivos para você se internar neste game. Divirta-se

Esse cara acaba de engolir sua vida social

God of War III

Sejamos sinceros: God of War III precisa de apresentações? Compre logo!

Heavy Rain

Quem falou que games e cinema não combinam deve estar mordendo a língua nestas horas. Heavy Rain é um título da Quantic Dreams que é difícil de ser classificado — segundo a desenvolvedora, temos um “drama interativo”. Sem dúvidas, um game único que desperta muitas emoções através de uma narrativa que, facilmente, deixaria James Cameron impressionado.

Ethan  ficou feliz ao ver seu game nesta lista

Final Fantasy XIII

Neste exato momento o Baixaki Jogos está analisando esta belezinha. Fãs da série, que esperaram por tanto tempo, finalmente podem por as mãos em um dos jogos mais aguardados e belos da franquia. Mesmo com a linearidade, Final Fantasy XIII traz um sistema de combates divertido, uma bela narrativa e um personagem com um chocobo em seu cabelo.

Sazh é o cara!

Uncharted 2: Among Thieves

Em 2009, Uncharted 2 ganhou o título de Jogo do Ano no Baixaki Jogos. E, não poderia ser diferente. Nathan Drake retorna em uma nova aventura e a Naughty Dog, responsável pelo game, tratou de corrigir boa parte dos erros do primeiro game — exclusivo do PS3 que também deve ser conferido. Além de uma campanha repleta de surpresas e gráficos alucinantes, o título ainda oferece um modo multiplayer. Mas, seu irmão não vai gostar nada disso, pois o modo é exclusivamente online. Azar o dele.

Seu irmão  está babando, e você mandando bala!

Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots

Outro game que dispensa apresentações. Bem, Old Snake nos ofereceu uma revista “interessante” em troca de uma descrição, então, vamos lá. A obra-prima de Hideo Kojima é simplesmente indispensável para quem tem um PlayStation 3. MGS4 é um dos melhores games de todos os tempos, graças a sua narrativa única e à extensa gama de possibilidades. Quem conhece Metal Gear sabe muito bem o nível dos games. Agora passa logo essa revista, Snake!

Pessoal chegando em sua casa para ver você jogando MGS4

LittleBigPlanet

Quem não tem Mario caça com Sackboys, certo? Não exatamente. LittleBigPlanet é um jogo que até se parece como um game de plataforma convencional, mas vai muito além. A grande sacada é o editor de níveis. Sim, o título conta com uma campanha simpática e criativa, mas o bacana mesmo é criar, compartilhar e jogar nos níveis personalizados. Como se não bastasse, a Media Molecule, responsável pelo game, lança novos conteúdos periodicamente.

Agora com mais água!

Killzone 2

Os Helghast certamente dão muito trabalho aos humanos. Mas, para nós, isto é excelente. Killzone 2 conta com uma campanha frenética e possui um dos melhores gráficos desta geração. Você ainda pode quebrar o pau no excelente modo multiplayer do game. Quer guerra? Então seja bem-vindo.

Um dos grandes games de  guerra desta geração

inFamous

Misture GTA IV com os melhores vídeos de LeParkour do YouTube. Adicione também uma boa dose de eletricidade. O resultado é inFamous. Este exclusivo também deu o que falar quando lançado, quebrando limites e gerando um jogo de ação completamente eletrizante — com o perdão do trocadilho.

Chocado com suas  habilidades?

Gran Turismo 5: Prologue

Enquanto o lendário Gran Turismo 5 não chega às lojas, fique com sua “demonstração entendida”, como alguns preferem chamar. Por um preço razoável, você tem acesso a uma série de carros e pistas, e ainda pode degustar de um pedaço do promissor GT5.

Novo trailer de Gran Turismo 5

Resistance 2

O primeiro game é um dos grandes sucessos do PlayStation 3, mas Resistance 2 consegue supera-lo facilmente. Os Chimera, invasores alienígenas e armados do game, voltaram e, mais uma vez, você terá de eliminar cada um deles. Chato, não? É claro que não! Resistance possui um ritmo alucinante e ainda traz alguns dos chefes finais mais gigantescos da história dos games.