Concebida pelo diretor de cinema Steven Spielberg (depois de ter dirigido o filme “O Resgate do Soldado Ryan”) e desenvolvido originalmente pela DreamWorks Interactive (que mais tarde se transformou na EA Los Angeles) em 1999 — para o saudoso PlayStation (o original) —, Medal of Honor ajudou a criar um novo gênero, o jogo de guerra.
A franquia que já soma várias versões para inúmeras plataformas acompanhou algumas das batalhas mais importantes da Segunda Guerra Mundial, diferenciando-se de seus concorrentes pelo tom cinematográfico e estilo singular.
No entanto, a última edição da série, Medal of Honor: Airborne (de 2007) evidenciou a “fadiga” da marca, apesar do título ter sido relativamente bem recebido. A ascensão da concorrência — especialmente da franquia Call of Duty — que optou por uma mudança de cenário, focando a ação nos combates contemporâneos e não mais no saturado campo de batalha da Segunda Guerra Mundial — mostraram que a série Medal of honor precisava se reinventar.
Para tanto a EA Los Angeles, em parceria com a DICE (a mesma da linha Battlefield) resolveram atender aos pedidos dos fãs e as tendências do mercado. Anunciado oficialmente no ano passado, Medal of Honor será um reinicio da série (um reboot) que colocará o jogar no meio de intensos combates nos desertos e montanhas do Afeganistão.
Tier 1 Operator
“... o Tier 1 Operator é o guerreiro mais disciplinado, deliberado e preparado do campo de batalha. Ele um instrumento de guerra vivo e pulsante. Nós estamos honrados por ter a oportunidade de trabalhar de perto com esses homens para criar um jogo que compartilhe as suas experiências”.
Foi assim que Greg Goodrich, produtor executivo do jogo, definiu o novo protagonista. Trata-se de um soldado de elite, cujas ordens são emitidas diretamente pela National Command Authority — ou seja, o próprio presidente dos Estados Unidos da América e o secretário de Defesa.
Como nas outras edições o foco é o realismo e a irmandade da guerra formada entre os soldados no campo de batalhar, para tanto os desenvolvedores contaram com a ajuda de um verdadeiro Tier 1 Operator, que orientou a equipe de produção sobre as principais táticas de combate, contribuindo diretamente no desenvolvimento do jogo.
Assim o título contará com uma mecânica singular e uma dinâmica de jogo próxima a realidade. O consultor técnico contratado pela EA também ajudou a criar o roteiro do jogo, assim as missões, os objetivos de cada empreitada serão fiéis a realidade, são tarefas que Tier 1 Operator realmente receberia do governo — invadir esconderijos de terrorista, libertar reféns, organizar operações de infiltração e assim por diante.
O lobo e a alcatéia
A campanha single player explorará duas perspectivas da guerra: as missões Tier 1 e as Big Military. Na primeira o jogador assumirá o papel de vários operativos Tier 1, conforme eles respondem as ordens do National Command Authority dentro do território afegão. Na segunda ele é apenas um soldado raso, um “reco”, uma engrenagem na grande máquina de guerra.
Outro destaque é que o jogo contará com uma sorte de veículos, dos tradicionais jipes de campanha até tanques modernos. Além disso, o elemento multiplayer também recebeu um cuidado extra, a ponto de merecer uma engine de jogo própria.
Como revelado anteriormente pelo GL, a campanha single player do novo Medal of Honor terá gráficos impulsionados pela renomada Unreal Engine 3, enquanto que o multiplayer conta com a consagrada Frostbibe Engine — a mesma por trás dos gráficos da franquia Battlefield da DICE (famosa pelo seu multiplayer intenso).
As comparações com Modern Warfare são inevitáveis, porém errôneas. O Medal of Honor apropria-se de um terreno similar, mas deve imprimir a sua marca de forma singular (como acontecia quando ambas as franquias ambientavam-se na Segunda Guerra Mundial). O título ainda não tem data de lançamento, mas está previsto para o outono setentrional (a primavera brasileira), com cópias para PC, PlayStation 3 e Xbos 360.
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