segunda-feira, 22 de março de 2010

Crianças que jogam video games não aprendem tanto quanto os que não jogam.

A Universidade de Denison, dos Estados Unidos, realizou um estudo que apontou como os video games podem prejudicar a capacidade de fixação do ensino em crianças. A pesquisa revelou que após os garotos ganharem o primeiro video game a sua capacidade de progressão escolar é menor do que as de garotos que não possuem nenhuma plataforma de jogo.

Além disso, o estudo também apontou que as habilidades de leitura e escrita dos jovens não sofreu nenhuma melhora ao longo do tempo (contrariando outros estudos).

O coautor do estudo, Robert Weis, falou sobre as descobertas: “Para crianças sem jogo, os resultados encontram-se em uma ascendente. Para os que possuem videogames, não há nenhuma mudanças significativa. Você não observa nenhum avanço nas habilidades de leitura e escrita.”

A pesquisa também concluiu que os garotos jogam uma média de 40 minutos por dia. O vice presidente sênior da Entertainment Software Association (ESA), Richard Taylor, retrucou dizendo: “Alguém realmente fica surpreso de saber que crianças brinca mais com um videogame novo do que com um brinquedo ou uma bicicleta velha?”

Taylor aponta que os autores da pesquisa não levaram em consideração a consequente perda de interesse no produto após os quatro primeiros meses. Weis (um dos pesquisadores) reconheceu a falta de uma pesquisa mais extensa, que incorporasse os efeitos da “posse prolongada”.

A pesquisa foi publicada na semana passada no jornal da Associação para Ciência Psicológica, Psychological Science, que recrutou famílias com filhos de 6 a 9 anos de idade. As garotas foram deixadas de fora do estudo pois os pesquisadores temiam que elas não jogariam o suficiente para produzir “resultados significantes”.


A ciência não para e cada vez mais estudos abordam facetas não tão exploradas da natureza emocional e fisiológico humana. É excelente saber que os videogames já são uma “figurinha carimbada” nos laboratórios do mundo inteiro, estudos sobre o impacto dos jogos na sociedade, sobre sua influência na saúde e assim por diante podem promover grandes avanços científicos.

Algumas pesquisas já comprovaram que atividades de recreação com jogos de realidade virtual ajudam na recuperação de sobreviventes de acidente vascular cerebral (AVC). Enquanto que outros jogos — especialmente os de ação e em primeira pessoa (os bons e velhos FPS, como Halo, Gears of War e Doom) —, ajudam a desenvolver a visão.

A pergunta que não quer calar é seguinte, mesmo que comprovem de forma irrefutável que os video game derrete seu cérebro do jogador, alguém realmente pararia de jogar, as empresas não fabricariam mais plataformas, mais jogos. Bem o cigarro mata, o trânsito brasileiro faz mais vítimas do que muita guerra, o álcool vicia...

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