sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Analise: Bakugan: Battle Brawlers ps3

Jogabilidade:
7.0
Gráficos:
5.5
Áudio:
5.0
Diversão:
6.5
Desafio:
6.0

Total:6,0=mediano

Pokémon, Yu-Gi-Oh! e... bocha? Os Bakugans invadem os video games para duelar.

Pokémon e Yu-Gi-Oh! já tiveram os seus momentos de glória — apesar de ainda serem extremamente populares —, mas a bola da vez são os Bakugans. O anime produzido pela TMS Entertainment e Japan Vistec — sob os cuidados do diretor Mitsuo Hashimoto, que também assina os filmes animados de grandes séries como Dragon Ball, Dr. Slump, BeyBlade e Chobits entre outros — vem conquistando uma legião de fãs cada vez mais fervorosa.

A história centrada nos embates de cinco criaturas místicas chamadas Bakugan e seus “adestradores” humanos, contou com 51 episódios em sua primeira edição e outros 52 devem compor a continuação da franquia (Bakugan: New Vestria), sendo que uma terceira parte já está em fase de pré-produção.

Cientes do apelo da franquia e das possibilidades mercadológicas — a história envolve duelo de carta e monstros de bolso ($$$) — a Sega Toys e a Spin Máster desenvolveram uma versão de tabuleiro dos duelos representados no anime. Para os não iniciados no fantástico mundo de Bakugan, os duelos desenrolam-se da seguinte forma: cada jogador conta com três Bakugans (criaturas místicas que assumem o formato de esferas, bem parecidas com as Pokébolas), três Gate Cards e três cartas de atributo.

Vai Tigrão! Eu escolho vocêDois ou mais jogadores posicionam cartas “portais” (Gate Cards) no tabuleiro e devem arremessar seus Bakugans (em sua forma esférica) sobre o tabuleiro com o objetivo de os posicionarem sobre as cartas postadas na mesa. Uma vez sobre a Gate Card o Bakugan assume a sua forma de batalha (conjurando um monstro) e espera um novo turno para lutar contra outro monstro ou dominar a carta.

Durante os combates as criaturas ainda podem utilizar-se de cartas de atributo, basicamente são bônus que aumentam a G-Power (força bruta) dos Bakugans, sendo que a criatura com o maior percentual de G-Power vence o embate.

Essas são as regras básicas, mas o jogo possui verdadeiros compêndios explorando todas as nuances do código de jogo, bem como as melhores estratégias de combate e constituição de decks de partida.

Além disso, a Sega Toys também lançou vários tabuleiros especiais e outros acessórios próprios para as partidas que por sinal contam com uma característica muito interessante: as cartas e as esferas Bakugan são magnéticas e quando a bolinha Bakugan passa por cima da carta ela ativa um mecanismo de molas que “abre” o seu mostro sobre o tabuleiro.

Estava pronto o cenário para uma nova febre entre os ávidos consumidores japoneses. Em tempo, a febre Bakugan tomou conta do mundo inteiro, propagando-se mais rápido do que a Gripe Suína. Agora, a inusitada combinação de Pokémons, com os duelos de cartas de Yu-Gi-Oh! finalmente chegou aos consoles em um título que agrada em cheio aos fãs do gênero.

Aprovado

Do que nós gostamos

Com a sua cara

O jogo é ambientado no universo do anime, contando com todos os personagens da série — incluindo os protagonistas: Dan, Runo, Marucho, Julie, Shun, Alice e Joe entre outros —, porém você pode criar o seu próprio herói, personalizando alguns itens como boca, cabelo, olhos e roupas.

Para os fãs

Apesar de curta e pouco inspirada a trama é um prato cheio para os fãs do animê. Além de contar os rostos conhecidos a narrativa parece interligada com o universo da versão animada, fazendo referências constantes ao desenho animado.

Mudou para melhor

Agora a coisa vai ficar feia!O sistema de jogo é um pouco diferente do que o apresentado no anime e na versão de tabuleiro. No entanto, as mudanças são para melhor e deixam a versão virtual de Bakugan muito mais dinâmica e interessante.

Durante os duelos os jogadores podem interferir com as jogadas do seu adversário. Enquanto um arremessa o seu Bakugan o outro tenta tirá-lo do caminho. Além disso, quando dois monstros enfrentam-se sobre uma carta você também poderá aumentar o G-Power da sua criatura através de um mini game — na realidade são três tipos diferentes, que aparecem de forma aleatória.

Outro ponto interessante é a utilização do SIXASIS (na versão do PlayStation 3), além de servir de “gatilho” na hora do arremesso do Bakugan, o console com sensor de movimento da Sony também é utilizado em um dos minigames de combate.

Condizentes

Os gráficos e a trilha sonora não são nenhum primor. Tecnicamente estão na média (ou um pouco abaixo do esperado), porém ambos os quesitos estão par com o ambiente do anime. O estilo gráfico característico (passando pela utilização do já tradicional filtro cel-shade) e as trilhas musicais — que apesar de repetitivas — parecem saídos diretamente da versão animada, garantindo maior fidelidade ao título.

Reprovados

O que espantou o NB... No mau sentido


Derivado

Apesar de interessante, todo o conceito por trás de Bakugan não é nada inovador. A mistura de Pokémon e Yu-Gi-Oh! (com alguns elementos de bocha ou curling) não é traz nada que os jogadores fãs do gênero (duelo de cartas) já não tenham visto antes.

Estratégia jogada no lixo Isso não é um Pokébola e o meu nome não é Ash.

A proposta de Bakugan até exige algum planejamento estratégico antes das jogadas (como todo bom título do gênero), mas parece que tal elemento foi sublimado nessa versão.

Além de poder conferir todos os movimentos do seu oponente — incluindo o “poder de luta” dos adversários e das eventuais cartas bônus — você ainda pode superar uma boa estratégia com um bom desempenho em um dos mini games presentes dentro dos duelos.

Limitado

O jogo conta com uma seleção de Bakugans e cartas bem pequena. São poucas variações, o que acaba restringindo muito a liberdade dos jogadores que devem se contentar com as mesmas criaturas (em cores diferentes) e algumas poucas cartas com funções extremamente similares.

Conclusão

Vale a pena?


Bakugan parece funcionar muito melhor no tabuleiro real (especialmente por conta da engenhosidade dos criadores da Sega Toys) do que nos video games, mesmo assim o jogo ainda apresenta algumas qualidades.

Sem sombra de dúvida trata-se de um título voltado para os fãs, no entanto ainda deve oferecer algum apelo aos jogadores que apreciam o gênero duelos de cartas de baralho, apesar de Bakugan não contar com o mesmo elemento estratégico que a série Yu-Gi-Oh!.


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