quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Confira nossa retrospectiva do ano de 2009!

A cada ano, o mundo dos video games é renovado. Normalmente, a indústria recebe diversas novidades, algumas boas e outras nem tanto. Em 2009, a atual geração passou por alguns apertos, principalmente do ponto de vista financeiro, devido à avassaladora crise mundial. Mesmo assim alguns pontos positivos se destacaram, como o lançamento de novos produtos e muito mais. Mas será que, no geral, tivemos um ano bom?

O Baixaki Jogos preparou uma retrospectiva envolvendo os principais acontecimentos ocorridos durante o período de 2009 para auxiliar na resposta para esta difícil pergunta. Sem dúvidas, tivemos um ano muito conturbado, marcado, principalmente, pelos anúncios envolvendo os controles sensíveis à movimento, tanto por parte da Microsoft quanto pela Sony.

Um ano marcado por altos e baixosMas, obviamente, isto não é tudo. Em 2009 também recebemos um novo PSP, intitulado PSPgo, e uma versão aprimorada do DS Lite, o DSi. Além dos portáteis, o mundo do entretenimento eletrônico, finalmente, recebeu o tão especulado PlayStation 3 em uma versão Slim. Estas novidades ainda trouxeram um corte de preço que esquentou ainda mais à batalha dos consoles.

Antes de qualquer coisa, vamos recapitular os momentos mais difíceis deste ano, como os cancelamentos de jogos, a falência de diversas desenvolvedoras, adiamentos e outras notícias que estremeceram o ramo. Mas não se preocupe: depois disto, os holofotes iluminarão o que houve de mais quente neste período. Preparado? Vamos lá!

Problemas e mais problemas
Um começo nada esperançoso

Bem, logo no início de 2009, os gamers do mundo todo receberam notícias catastróficas. Uma das primeiras foi o fechamento da famosa revista estadunidense Electronic Gaming Monthly, que se dedicava aos jogos eletrônicos desde 1989. O impacto foi gigantesco, e este era o primeiro indício de que a crise realmente estava afetando os games.

Logo em seguida, durante o mês de janeiro, a desenvolvedora de diversos jogos da série Tomb Raider, a Crystal Dynamics, teve de despedir 30 empregados. Isso, infelizmente, não era tudo. A Microsoft também cortou empregos, chegando à marca de 5.000 funcionários migrando para as ruas — incluindo pessoas ligadas diretamente ao setor de jogos, como Chris Early, o administrador geral do Games for Windows. Mas, o que realmente feriu o mundo dos games foi o encerramento da Ensemble Studios, responsável pela série Age of Empires. O caos estava apenas começando.

Depois de janeiro, tudo parecia piorar ainda mais. A THQ, a Sega e a Harmonix anunciam que também iriam ter de cortar empregos. Mas, foi quando a Midway — uma das mais significativas empresas do ramo dos games — anunciou que estava prestes a falir que o desespero correu solto. Nunca mais veríamos Mortal Kombat.

O último MK foi como um soco na cara

Falando em clássicos, outra empresa, que resolveu ressuscitar o saudoso Bionic Commando, também fecha suas portas: a Grin Studios. O abismo parecia mesmo não ter fim. Todos os funcionários da Pandemic Studios, uma desenvolvedora subsidiária da Electronic Arts desde 2007, também foram mandados para a rua.

Até mesmo as empresas que pareciam estar estáveis nesta terrível recessão foram atingidas. Para a infelicidade dos donos do PlayStation 3, a Sony reportou prejuízos brutais, o que gerou até uma série de rumores afirmando que a companhia iria parar de dar suporte ao console. Quem apostou na Nintendo, a dona da maior fatia do mercado, também se deu mal e franquias de grande nome, como GTA e Dead Space, falharam em tentar capturar o interesse dos consumidores da Big-N.

Mas, sem dúvidas, o fato mais terrível do ano foi o cancelamento de um jogo que parecia estar em desenvolvimento a uma eternidade. Sim, Duke Nukem Forever. Considerado por muitos o game com melhor nome, o título, que estava em desenvolvimento há 12 anos pela 3D Realms, finalmente foi por água abaixo. Depois de diversos rumores indicando que o jogo finalmente seria lançado — incluindo até mesmo screenshots oficiais, disponibilizadas pela própria desenvolvedora — a casa fecha as portas.

Para piorar ainda mais a situação, a Take-Two, que estava financiando o projeto com uma quantia relevante de dólares, decide processar a desenvolvedora, acusando-a de descumprir o contrato. O processo ainda está em andamento, mas parece que Duke Nukem Forever ficará eternamente somente na imaginação dos jogadores.

Forever em produção

Falando em processos, este ano também rendeu diversos outras dores de cabeça à desenvolvedoras e publicadoras. Um dos mais famosos foi a briga entre a Electronic Arts e a Activision por Brütal Legend, da Double Fine. A Activision decidiu processar a equipe de Tim Schafer por motivos infundados. A EA, que não foi processada, comentou: “A Activison está com ciúmes porque sua esposa encontrou um marido melhor”. No final, tudo foi esclarecido, e a aventura estrelada por Jack Black ficou com a EA. Infelizmente, o game não obteve o sucesso que mereceu, vendendo apenas aproximadamente 500.000 cópias até o mês de dezembro, mesmo com uma intensa campanha para estimular a compra.


Algumas empresas não tiveram o mesmo azar, e foram apenas compradas. Uma delas é a id Software, responsável pelo lendário Doom, que foi adquirida pela ZeniMax Media — que também é dona da Bethesda Softworks (Fallout 3, Oblivion). E não foram somente as empresas que se deram mal: os jogadores também. Como? Com o adiamento de dezenas de games...

Quanta desgraça, não? Mas, vamos deixar a parte ruim de lado. Certamente, o ano também trouxe algumas surpresas muito agradáveis, que conseguiram equilibrar o humor do período. A maioria delas ocorreu durante a Electronic Entertainment Expo (E3) de junho de 2009. Podemos, sem dúvidas, definir esta feira com um único termo: controles sensíveis a movimento. Vamos à parte boa.

A alegria da garotada!
Finalmente, boas notícias

Demorou um pouco até o ano começar a dar seus sinais de vida. Mas, em Los Angeles, Califórnia, a Microsoft e a Sony surpreenderam à todos — com exceção do presidente da Nintendo, Satoru Iwata — graças aos inovadores controles que foram demonstrados na E3.

A Microsoft chegou com tudo e, praticamente, uma única arma: o Project Natal. Com uma espécie de câmera e sensores infravermelhos, o periférico captura e transcreve os movimentos do jogador para dentro do game. Basicamente, você é o joystick. A companhia ainda exibiu diversos vídeos e demonstrações ao vivo, incluindo Milo, que surpreendeu a todos e girou o mundo com sua proposta peculiar. A revolução só estava começando.


A Sony contra-atacou imediatamente, exibindo um protótipo de seu controle sensível à movimentos, que ainda não tem nome. Ao contrário do Natal, o Wand, como é conhecido, exige o uso de um pequeno periférico que relembra um Wii Remote com uma esfera colorida na ponta. A dona do PlayStation 3 também fez bonito, demonstrando tudo em tempo real e exibindo as diversas possibilidades do acessório.

O evento também trouxe algumas revelações interessantes, exibindo diversos trailers de jogos muitos esperados, como M.A.G., Heavy Rain e diversos outros. God of War III, um dos games mais esperados do PS3, e Gran Turismo 5, também apareceram na feira. Sem dúvidas, o evento reanimou o público e boa parte da indústria.

Bem, nos já mencionamos sobre os lançamentos de hardware deste ano, mas agora vamos aos detalhes. A Sony chegou com o PS3 Slim para tentar, de uma vez por todas, derrubar a concorrência. O resultado é um console menor que o original e com um preço sugerido de US$299,00 (US$100 mais barato que a versão antiga). Outro console que recebeu uma nova versão foi o PSP, como PSPgo. Trata-se de um portátil sem slot para UMD, com novo design e diversas outras funcionalidades extras. Ao contrário de seu irmão mais velho, o PSPgo não ficou mais barato, e é vendido por US$250.

A Microsoft, que parece adorar uma boa disputa, não ficou quieta e diminuiu o preço da versão Elite do Xbox 360 para US$299,00 — competindo diretamente com o PS3. Para reforçar sua estratégia, a versão Arcade (a qual não acompanha um disco rígido) caiu para US$199 — preço equivalente ao Wii. Dois Rabbids com uma pancada só.

No lado da Nintendo, a companhia trouxe mais precisão aos seus jogos com o Motion Plus, periférico que é acoplado ao Wii Mote. Além disso, a Big-N também disponibilizou o já mencionada DSi, uma versão com câmera digital, integração ao Facebook e o DSiWare, que disponibiliza softwares para download imediato.

De Street Fighter a Modern Warfare 2
Os títulos que fizeram o ano

E os jogos? É claro que também falaremos deles. O ano de 2009 recebeu alguns títulos muito bons, os quais foram lançados, predominantemente, no início e no final do período. Vamos conferir.

No primeiro trimestre, o mundo do entretenimento eletrônico recebeu títulos como o tão esperado Killzone 2 e o triunfante retorno de Street Fighter IV, que conquistou o público veterano. E isto não foi tudo: Grand Theft Auto IV: The Lost and Damned, Halo Wars, Warhammer 40,00: Dawn of War II, Empire: Total War e o controverso Resident Evil 5 também arrebentaram durante janeiro e março.

É muita diversão!

As vendas de jogos também iam caminhando com tranquilidade, começando a demonstrar tolerância à recessão. Wii Sports Resort, por exemplo, vendeu 500.000 nas duas primeiras semanas. Outro título de sucesso foi Battlefield 1943, que se tornou o jogo para download com vendas mais rápidas em apenas uma noite. A Sony conferiu o sucesso com Free Realms, um jogo online grátis que reuniu mais de um milhão de jogadores nos primeiros 17 dias.

Durante o meio do ano, alguns títulos também conseguiram a aclamação da crítica e do público. Alguns exemplos: InFamous, Shadow Complex e o fantástico Batman: Arkham Asylum. Os Beatles finalmente reapareceram com The Beatles: Rock Band, que carregou o sucesso dos Fab Four via entretenimento à lares do mundo todo.

Mas, foi no final do ano que os jogadores desfrutaram dos grandes títulos. Em outubro, Borderlands e Grand Theft Auto IV: The Ballad of Gay Tony chegaram aos consoles. Neste mesmo mês, o melhor jogo do ano reanimou tudo e a todos. Uncharted 2: Among Thieves fez com que usuários do PlayStation 3 desfrutassem de uma das mais belas experiências já proporcionada pelos games.

Simplesmente destruidorEm novembro, Call of Duty: Modern Warfare 2 quebrou o recorde se tornando o maior lançamento da história do entretenimento — título anteriormente ostentado por GTA IV. Com um custo de produção de aproximadamente US$60 milhões — como indicam rumores —, a sequência para o aclamado FPS de 2007 vendeu aproximadamente cinco milhões de cópias durante as primeiras 24h, cerca de US$300 milhões. No final da semana, o jogo já havia arrecadado US$550 milhões.

Outros títulos também merecem destaque, como a sequência de Assassin?s Creed, Dragon Age: Origins, The Legend of Zelda: Spirit Tracks e o fabuloso New Super Mario Bros. Wii. O mundo musical ganhou uma nova surpresa para quebrar o padrão das guitarras de plástico: DJ Hero. E, falando em periféricos, Tony Hawk caiu feio do skate com Tony Hawk: Ride, que acompanha um joystick em forma de skate que vem sendo brutalmente criticado — em breve você confere a análise aqui.

Certamente, este artigo envolve apenas alguns dos acontecimentos do ano de 2009. Em suma, o ano teve seus altos e baixos, mas, no final, tudo parece ter se estabilizado — o que indica um bom começo para 2010. Bem, esta é a nossa retrospectiva de 2009. Se você recorda de outro evento não relatado, não deixe de comentar. Um feliz Natal e um próspero Ano Novo a todos!

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